segunda-feira, 16 de julho de 2007

APM...APM...


Ainda estou meio incrédulo...Diz Rita Bastos, Presidente da Associação de Professores de Matemática,que "os exames prejudicam o ensino da Matemática".

Cara Rita Bastos, no meu caso, agradeço muito o facto de ter evoluído num sistema de ensino que me submeteu, desde tenra idade, a uma infinidade de exames de Matemática.
O tempo de estudo que antecede um exame é a altura ideal para se fazer o balanço do que se aprendeu e do que não se percebeu tão bem, de colmatar lacunas, consolidar conhecimentos, treinar capacidades de cálculo e de raciocínio, dialogar com os colegas com objectivos comuns, questionar os professores de maneira mais aprofundada, interagir mais com eles...enfim, aprende-se muitas vezes mais em três semanas de revisões do que num período lectivo.
A posteriori, depois dos resultados saírem, um aluno pode identificar os seus pontos fracos, perceber onde deve de futuro insistir mais, como pode melhorar o seu método de estudo,...etc.

Por outro lado, como se pode, sem avaliações, identificar o que vai mal e o que vai bem no ensino? Como pode alguém que nunca foi avaliado melhorar-se a si próprio? Como se pode saber quem merece um diploma e quem se deve esforçar um pouco mais antes de o obter?

Será que a APM também é contra os exames médicos? Será que a angústia do exame e da espera pelos resultados pode piorar o estado de saúde do doente? Será que um bom médico precisa mesmo de exames para diagnosticar os seus doentes?

Esta declaração da presidente da APM é das mais irresponsáveis que tenho visto, mesmo comparando com as habituais declarações funestas da APM e da Sociedade Portuguesa de "Ciências da Educação", que está para a APM como o IRA está para o Sinn Feinn.
Pergunto-me se estas instituições estão propositadamente a destruir o Ensino ou se é mesmo só simplicidade de espírito e subserviência a (algum) poder político, que quanto mais puder melhorar as "estatísticas", aprovando alunos sem os avaliar, melhor.

APELO AOS PROFESSORES
A esmagadora maioria dos professores são sérios e dedicados. Procuram ensinar e não desinformar os seus alunos. Preocupam-se genuinamente com eles e com o seu futuro. Porque não correm com estas pessoas da Direcção da APM? Nas próximas eleições, façam uma lista independente, digam não aos "pedagogos" e aos "cientistas do ensino". Defendam o ensino e os alunos.

Nota: Não sou nem Professor do Ensino Básico e Secundário nem sócio da APM.

20 comentários:

Sofia disse...

Resposta à nota: E ainda bem. Porque um professor contra os pedagogos, não seria muito aconselhável...

A mim, apresenta-se com muito mais sentido usar o tempo para ensinar a aprender (coisa que só um pedagogo sabe fazer), do que injectar matéria para bons resultados em exames. Num exame, ninguém pergunta ao examinado como chegou ao resultado. Olha-se para o resultado e basta. Ninguém se preocupa com o facto de nem todos aprenderem da mesma forma. E o critério é apenas SABE ou NÃO SABE. Os exames escolares funcionam muitas vezes como meta para o estudo. E a meta não deve ser ter um bom resultado. Deve ser aprender a aprender.

Nota: Nunca tive um bom professor de matemática. Devo ter tido muito azar.

Alexandre Pierson disse...

Quando falo em pedagogos, não é no real sentido do termo: infelizmente, o nosso sistema educativo foi invadido por uns charlatães,que há falta de conhecimentos e capacidades sobre o que quer que seja, se apresentam como "pedagogos", ou "teóricos da educação". Por mais incrivel que pareça, estão há duas décadas a minar o ensino.

Quanto ao teu comentário sobre o caracter sabe/não sabe dos exames: isso são exames mal feitos (provavelmente criados pelos maus preofessores de matemática de que te queixas.)

Isso é que foi mesmo azar. Mas olha, nunca é tarde! Não queres ler com mais atenção o meu post dos números amigos?
:)

Sofia disse...

:) Já li. É giro.
Eu também gostava de descobrir uma coisa assim, gira. No fundo, isto é tudo inveja, por não ser capaz.:)

Alexandre Pierson disse...

É isso mesmo! Nos exercícios "de escola" nunca se descobre obviamente nada de novo, mas é na mesma muito gratificante resolvê-los!É como se tivesses sido tu a descobrir essa coisa "gira". Se calhar gostas mais de matemática do que pensas...

CA disse...

Sofia

Aprender a aprender só tem interesse para se poder aprender e com isso saber. Se não se tem sequer esta experiência não se pode aprender a aprender porque não se sabe bem o que é aprender.

É com a avaliação que se pode controlar se se aprendeu alguma coisa.

Os exames são uma forma de avaliação limitada mas também com vantagens. E as alternativas aos exames que têm sido experimentadas não se revelaram melhores no contexto de um ensino com recursos limitados.

Anónimo disse...

Sofia escreveu: "E ainda bem. Porque um professor contra os pedagogos, não seria muito aconselhável..."Pois aí é que está. E se certos pedagogos não passarem de "pedabobos"? Não questionar qualquer profissão, tendo-a acima de toda a suspeita e entregar-lhe um cheque em branco num assunto tão sério e de grande gravidade nacional, como a Educação, é fazer-se personagem de um verdadeiro drama de efeitos prevísiveis nada animadores. E aqui é que a opinião dos pais entra pois sentem na pele o mau ensino que é prestado, por vezes (por vezes, repito!), aos seus filhos. E se como alguém disse ser a guerra um assunto demasiado sério para estar,APENAS, nas mãos dos militares, o ensino também é um assunto demasiado sério para estar circunscrito ao corporativismo(no mau sentido da palavra)dos professores! Honra aos bons professores e demérito aos maus professores. Meter todos no mesmo pódio de honra só serve para denegrir os que devem ser honrados e honrar os que devem ser denegridos!

Sofia disse...

Eu gosto de matemática, Alexandre. Um dia, devia ter uns 14 ou 15 anos, fui para o sotão resolver uns exercícios que o professor tinha pedido. Quando resolvi descer, porque estava com fome, tinham passado umas quatro ou cinco horas. Os exercícios em causa demoraram, no máximo, meia hora. O resto do tempo, foi passado a resolver outros, a brincar com os números. Lembro-me que, nesse dia, decidi seguir a via da matemática. Mas no dia seguinte já acordei normal. :)

CA:
"(...)Se não se tem sequer esta experiência não se pode aprender a aprender porque não se sabe bem o que é aprender.(...)"

Não se ensinam reflexos básicos a um recém-nascido. Da mesma forma, é possível aprender-se antes de se saber o que é aprender.
Não digo que a avaliação não seja necessária. Claro que é! Mas há várias formas de avaliar. E a pressão a que um exame sujeita um educando não é benéfica e pode (para não dizer que o faz, seguramente) adulterar o nível real de aquisições por ele efectuadas. Como em tudo, convém procurar um equilibrio.

Rui: A pedagogia é a minha vocação. Por acaso, é essa. Podia ser outra. E é a pedagogia que defendo, não os pedagogos que o não são de facto.
Cheques em branco, não se entregam a ninguém. Há bons e maus profissionais em todas as funções. Eu prefiro chamar-lhes pessoas boas e pessoas que não são boas, respectivamente.

Anónimo disse...

Sofia: Começo por a cumprimentar pela foma como tem conduzido esta troca de pontos de vista em que o coração não oblitera a razão.Como concordará, é sempre possível chegar-se a um consenso quando a discussão de ideias deixa de ser um campo de batalha para vencer a todo o custo, tornando-se, civilizadamente, num meio saudável de troca de ideias, ainda que divergentes, embora não irredutivelmenta antagónicas. Em resumo: em respeito mútuo pelas diferenças que tornam os professores em entidades não padronizadas ou ,até, em robots desajeitados que se "comportam" sempre da mesma forma mecânica ou mesmo cibernética. Julgo que a Sofia me fará a justiça de não pensar que estou contra a pedagogia (em comunhão com Alexandre Pierson, estou contra certos pedagogos ou "pedabobos"; o que é diferente, bastante diferente, convenhamos!), assim como julgo que não estará contra a necessidade de um forte suporte científico da matéria a ensinar. Caso contrário, a pedagogia será um meio perigosíssimo de inculcar no aluno, qual lapa que se agarra à rocha,a asneira científica. Mas para além destas duas "ferramentas" para o sucesso educativo, julgo importante realçar, outrotanto, a empatia que se deve estabelecer no binómio docente/discente. E aqui não há manual de pedagogia ou livro científico que dê uma resposta satisfatória e, muito menos, cabal. Quase me atrevo a dizer ser uma questão idiossincrática.

Anónimo disse...

Por distracção, esqueci-me de proceder à minha identificação no comentário feito há pouco e dirigido a Sofia. As minhas desculpas, demais por nunca fazer comentários sem assumir a sua "paternidade".

Anónimo disse...

Sobre o problema do "aprender a aprender", dizia-me um aluno: "Professor, não me ensine... eu quero aprender".

CA disse...

"é possível aprender-se antes de se saber o que é aprender"

Claro. O que é menos credível é que se possa aprender a aprender antes e independentemente de se aprender alguma coisa.

Quanto à pressão, não estou de acordo que se diga sumariamente que não é benéfica. A pressão existe na vida adulta e não é aos 22 ou 23 anos que alguém sabe lidar com ela se não for aprendendo ao longo da juventude.

Entre um exame eliminatório no primeiro ciclo e a eliminação total de exames no ensino penso que haverá um meio onde se encontrará a virtude.

Sofia disse...

Rui: Agradeço as suas gentis palavras, apesar de considerar que a forma como conduzi, ou conduzo, esta e qualquer outra troca de ideias, é a forma mais natural de o fazer. É relativamente simples, quando o que se pretende numa discussão não é ganhar a razão, mas aprender qualquer coisa.
Efectivamente, nada tenho contra a ideia de que existe a "necessidade de um forte suporte científico da matéria a ensinar".
Não obstante, a forma de transmitir esses conhecimentos deverá passar mais, na minha opinião, por um incentivo ao impulso da descoberta, da criatividade, da imaginação. Durante todo o meu percurso académico, só encotrei dois professores que o fizeram. Ambos na Universidade. Mais do que "debitar" matéria, considero essêncial estimular nos educandos o espírito crítico, a capacidade de análise para além do óbvio. É condição sine qua non para a formação de pessoas, em vez de simples depósitos de informação e pseudo-conhecimento.
Porque, de facto, "Imagination is more important than knowledge". :)

Penso que o caso do aluno referido por João Boaventura ilustra de uma forma inequívoca o que acabei de dizer. Nesse aluno, o "bichinho" da descoberta já lá está. Nos outros, é apenas uma questão de o chamar.

CA: Plenamente de acordo com último parágrafo.

Quanto aos anteriores, vou dar-lhe um exemplo prático: as minhas filhas, que eduquei em regime de (quase) exclusividade, utilizam uma linguagem não usual na idade delas (o que até a mim me surpreende, confesso). Nunca - e o termo é apropriado - fiz questão de que assim fosse. Como educadora, a minha postura é a de dar liberdade total para a forma como se expressam. Isso permite-lhes seleccionar, de acordo com os seus (tenros) critérios, o que consideram ser de melhor aplicação. A minha função é apenas a de corrigir coisas como "As desculpas não se pedem, divirtam-se". :)
Quero com isto dizer, que todos nascemos com capacidades, a priori. A questão da pressão enquadra-se aqui. Não é seguro que o contacto precoce com determinadas experiências seja uma garantia de adaptação perfeita. Pelo contrário, pode acontecer que se criem mecanismos de bloqueio face às mesmas, se a primeira não correr bem.
Nunca fui uma aluna brilhante, de grandes notas. Nunca usei cábulas ou passei noites seguidas a estudar. Mas posso dizer-lhe que tudo o que aprendi, sei-o. E posso também garantir-lhe que muitas das pessoas com as quais convivi durante os meus anos de estudante, que tiveram muito melhores notas em exames do que eu, não sabem o significado da palavra "sumariamente". Mas saberão, sem dúvida alguma, accionar mecanismos que lhes permitam lidar com a pressão...

Anónimo disse...

Sofia: Ambos de acordo sobre a necessidade (que defendi no meu comentário anterior) de um suporte científico da matéria a ensinar. Na sua opinião, "não obstante, a forma de transmitir esses comhecimentos deverá passar mais [se me permite, na opinião de ambos]por um incentivo ao impulso da descoberta, da criatividade e da imaginação". Aliás, o feliz exemplo apresentado pelo João bem o define e sintetiza. Todavia, infelizmente, no nosso ensino enxameiam os trabalhos de grupo que um aluno mais esforçado faz e os outros assinam. Quanto às monografias (sem querer generalizar) são uma manta de retalhos de informação colhida na internet e que, dado a amplitude de material informativo que aí circula, torna muito difícil a detecção do que está transcrito sem referência às fontes consultadas ou entre simples aspas, até. Outras vezes, a bibliografia respeita obras nunca lidas ou até referência a livros que constam dos escassos livros folheados. Assim, deixou de haver investigação no verdadeiro sentido da palavra (chegou-se ao ponto de quando um menino do 1.º ciclo consulta um livro se dizer que está a investigar e não, como seria correcto, a consultar). Ora os génios (e porque não há-de a universidade preocupar-se com a formação de elites donde devem emergir os mais capazes, os mais trabalhadores, os mais inteligente para, pelo contrário, se dedicar à massificação de um ensino que deveria ser altamente exigente e especializado, ou que o devia ser, pelo menos? Razão tinha Einstein quando disse (cito de memória)que o génio era 99% da transpiração e 1% de transpiração. Infelizmente, a grande indefinição reinante no ensino superior tem permitido que a universidade se demita, em parte, da sua função na formação de "massa crítica". E que sempre que o queira fazer venha um coro de protestos dos alunos lamentando-se da exigência de trabalho que se lhes pede. Então quando se lhes fala em memorizar textos fogem da tarefa como o diabo da cruz com a falácia de a memória ser significado de estupidez... Os cérebros foram substituídos por carteiras bem recheadas: os simples mestrados (já para não falar nos doutoramentos) compõem-se de centenas de folhas (como se a quantidade fosse sinónimo de qualidade), se possível (ou tanto melhor) devidamente encadernadas. Até os próprios alunos do ensino secundário passam a vida na repografia a fotocopiarem textos e textos de matéria que lhe enchem a mochila, com pouca ou nenhuma utilidade. Sim, a criatividade, o incentivo da descoberta, a imaginação, infelizmente o digo, pertencem ao domínio da utopia de uma Escola ue não cumpre o seu dever principal: ENSINAR!
Claro que os casos de cientista nossos que vingam no estrangeiro são a excepção que confirmam a regra da mediocridade do nosso ensino superior que, na opininão de Maria Filomena Mónica, não vale um caracol. Pela sua vivência numa das melhores universidades inglesas onde se doutorou fala daquilo que viveu lá fora e da comparação que faz com aquilo que se vive cá dentro com a sua experiência de catedrática. Seja como for, é sempre conveniente discutir estes assuntos com teses e antíteses para que surja uma possível síntese por parte de quem tem nas mãos o poder de decisão e dele tem feito tão mau uso. O meu contributo, infelizmente, nada mais representa que um levantar da poeira bafienta que há-de assentar para que se possa, deste modo, varrer do chão todos os entraves a um ensino mais fraterno, mais solidário, mais moderno. Mas em que os dois primeiros princípios se não identifiquem com facilitismo e o último com as modernices que por aí circulam impunemente e nos colocam no pódio não dos vencedores, mas dos vencidos. Aquilo que na gíria desportiva se chama "lanterna vermelha". Não fosse o receio de não concordar comigo, quase diria (como na canção do Rui Veloso) que é mais aquilo que nos une [nestas questões de ensino] do que aquilo que nos separa.

Anónimo disse...

Claro que quando no comentário anterior escrevi "1% de transpiração", queria referir-me a um 1% de inspiração.

Sofia disse...

:)
E o pior, Rui, é que eu li "inspiração"! Se não tivesse corrigido, nem me apercebia. :)

Concordo com o que disse. Mas continuo a pensar que cada um é dono da sua mente e decide o que faz com ela. E considero, não só que o estímulo por parte de quem ensina é necessário, mas também que a vontade de aprender (eu chamo-lhe sede) de quem é ensinado, é essêncial. Atrevo-me até a dizer que, existindo essa vontade, o resto vem por acréscimo. A responsabilidade é tanto dos educadores como dos educandos.

Anónimo disse...

Sofia: Foi um prazer estabelecer esta troca de impressões consigo. Mas só mais uma coisa, se me permite: no final do seu comentário, siz que a culpa é dos educadores e dos educandos: nos educadores julgo que inclui a sociedade em geral, porque, como disse Ortega y Gasset, o homem prodto da vida (genétic) e das suas circunstâncias (ou seja, o meio ambiente que o rodeia). E nesta tragicomédia qual o papel de responsabilidade que acha (ou achamos) dever ser atribuífo às entidade tutelares da Educação?

Anónimo disse...

Por engano, foi enviado o meu comentário imediatamente anterior antes de feitas as devidas correcções. Corrijo-o agora: onde está "siz", devia estar diz; onde está "o homem prodto (genétic)", devia estar o homem é produto da vida(genético); onde está "atribuifo", devia estar atribuído.

Sofia disse...

:) O prazer foi meu, Rui.

Eu não falo em culpa. É um termo que raramente utilizo. :)
Falo em responsabilidade.

Quando falo em educadores, refiro-me aos professores e às figuras parentais e de maior proximidade com os educandos.
Destes, penso que o papel principal cabe à família (no sentido mais lato do termo, porque não faz sentido distinguir biologia e simples proximidade afectiva, neste caso), por vários motivos. O mais básico é que, por constituir a educação na formação de seres únicos (em todas as suas vertentes), faz todo o sentido respeitar os ritmos de cada um. E ninguém melhor do que a família para agir de acordo com eles e optimizar as capacidades cognitivas de cada membro.
A escola ocupa, na minha opinião, um papel de complemento, com informação de caráter mais específico, dentro da diversidade de conteúdos postos à disposição de quem, no seio da família, encontra o início do que procura e o estímulo para continuar a procurar.

Quem tutela a educação fá-lo de acordo com interesses secundários. Não aplica medidas com o objectivo único, genuíno, de formar capazmente seres humanos.
Responsabilizá-los?
Se alguma coisa correr mal, é com cada um dos nossos filhos, que para nós é único, bastante real e muito mais do que um número que ajuda a preencher estatísticas.
É cada um de nós, seja em que papel for, que tem de fazer a diferença. Quem decide por muitos, normalmente não o faz de uma forma justa para todos. Porque justiça não é, necessariamente, igualdade. Cada caso é um caso. E deve ser de acordo com esse facto que devemos agir.
São necessários muitos graozinhos de areia para fazer uma praia. Se se puser lá apenas uma rocha gigante...
Sejamos, cada um de nós, na vida de cada um de nós e na dos que nos rodeiam, um graozinho empenhado. E o resto virá por acréscimo. É o que eu acho. :)

Anónimo disse...

Sofia: Como é uso dizer-se em esgrima - com o "fair-play",deste desporto de cavalheiros - quando a lâmina da arma nos atinge no corpo, "touché". Quer isto dizer, que admiro a forma como caldeia a razão com as emoções na defesa dos seus pontos de vista. Eu mais emotivo, talvez pelo hábito que, ao longo da vida, tenho feito da polémica (ou me obrigaram a isso!) cometi o erro de não destrinçar o significado entre culpabilizar e responsabilizar. Embora com nuances subtis, essa destrinça existe, e faz uma certa diferença. Neste caso, uma importância de monta1

Sofia disse...

:)
É bom saber que consigo disfarçar a minha emotividade, quando exponho os meus pontos de vista.
Mas não sou tão racional como parece, Rui. :)