A nossa Ministra da Educação congratulou-se com os bons resultados nos exames nacionais de Matemática do 12º ano.
Para que todos entendam o que é que o Ministério entende por "exame final de Matemática do secundário" é só dar uma vista de olhos aqui.
E para que tenham algo com que comparar este "exame", aqui fica a versão francesa do dito..
Nem é preciso ser muito versado em francês para se perceber o que está a ser pedido: demonstrações e raciocínios que se estendem por 5 ou 6 alíneas, geometria não trivial, um cheirinho de cálculo integral, (até pedem a demonstração da fórmula de integração por partes)...etc.
Enfim, é mesmo um exame de Matemática.
Este país está cada vez mais demente: produzimos exames triviais e depois congratulamo-nos todos com os resultados e pensamos no "choque tecnológico". Mas afinal quem é que fabrica TGVs, aviões, satélites, carrinhos de fórmula 1 e centrais nucleares com tecnologia (quase) 100% nacional? Nós ou os franceses?
Tem a ver com factores económicos? Certamente.
Então e com a formação científica? Não?
Para que todos entendam o que é que o Ministério entende por "exame final de Matemática do secundário" é só dar uma vista de olhos aqui.
E para que tenham algo com que comparar este "exame", aqui fica a versão francesa do dito..
Nem é preciso ser muito versado em francês para se perceber o que está a ser pedido: demonstrações e raciocínios que se estendem por 5 ou 6 alíneas, geometria não trivial, um cheirinho de cálculo integral, (até pedem a demonstração da fórmula de integração por partes)...etc.
Enfim, é mesmo um exame de Matemática.
Este país está cada vez mais demente: produzimos exames triviais e depois congratulamo-nos todos com os resultados e pensamos no "choque tecnológico". Mas afinal quem é que fabrica TGVs, aviões, satélites, carrinhos de fórmula 1 e centrais nucleares com tecnologia (quase) 100% nacional? Nós ou os franceses?
Tem a ver com factores económicos? Certamente.
Então e com a formação científica? Não?
2 comentários:
O pior cego é o que não quer ver, mas pior do que isso é não andar de óculos escuros e bengala para ser devidamente identificada a sua responsabilidade, ou seja de quem tutela a (des)Educação de um país capaz de dar mundos ao mundo, (um lugar-comum, mas que faz jeito!)), cantar a gesta das Descobertas e, nesta hora de quase luto nacional em silêncio pelo desastre que se abateu naquilo que um país tem de valioso: a formação de elites científicas capazes de responderem ao choque tecnológico que o mundo global exige. Pobretes, mas alegretes, contentamo-nos com a mediocridade que nos rodeia de diplomados que não valem dez reis de mel coado, mas que para efeitos estatísticos quer-se fazer passar aos olhos dos incautos por um pote cheio.E assim que é importante é parecê-lo para consumo externo de uma comunidade europeia com os olhos postos em nós e sempre desejosa de puxar-nos as orelhas. Parecemos daqueles miudos que correm em redor da mesa para fugir ou adiar o castigo merecido. Haja pachorra!Mas ela também se esgota...
Por lapso, onde escrevi "quer-se fazer passar aos olhos dos incautos", queria escrever QUEREM-SE fazer passar... Para além disso,onde escrevi "não valem dez reis de mel coado", queria escrever, não valem dez RÉIS de mel coado. Aqui ficam as correcções devidas.
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