Não há nada na matemática que seja lazer, matemática é algo de intrinsecamente irritante. Gostar genuinamente gosto do meu Jameson sem gelo depois de jantar e dos Xutos e Pontapés. De matemática não.
No ensino, qualquer estratégia que passe por dar gosto pela matemática está condenada ao fracasso. Matemática não é coisa de que se goste. A matemática é o espelho da racionalidade, e nós não somos seres racionais. Para nos convencermos disso basta ligarmos a televisão em qualquer canal às dez da noite, ir passear a um centro comercial ao fim de semana ou ainda observar as longas filas de trânsito ao fim da tarde.
Só quem gosta de ser constantemente colocado à prova, e não se importa de perder a face de vez em quando é que pode aprender matemática. Mas ninguém gosta de ser posto à prova. Nem por si, nem pelos outros. E muito menos de perder a face. Isto piora com a idade.
Tal como pintar, cantar ou desenhar, a matemática não é para as massas. Não se deve (tentar) ensinar matemática às massas. Qualquer tentativa de ensinar matemática às massas está condenada ao fracasso, ou então deixa de ser matemática. Aliás, nem sequer é útil fazê-lo.
A matemática é algo de delicado e fino. Imagine-se que agora se tentava ensinar todos os alunos do ensino básico a tocar violino. Já daqui imagino, nas escolas, a cacofonia e o barulho horrendo por esses corredores fora. É o que se passa hoje com a matemática, só que o drama é mais discreto porque matemática não faz barulho.
Ou se calhar até faz. Pelo menos toda a gente acha que tem uma palavra a dizer. E toda a gente a dizer uma palavra faz muito barulho, torna-se irrritante. Eu por mim quando ouço falar de « matemática » na televisão tendo a mudar de canal.
No ensino, qualquer estratégia que passe por dar gosto pela matemática está condenada ao fracasso. Matemática não é coisa de que se goste. A matemática é o espelho da racionalidade, e nós não somos seres racionais. Para nos convencermos disso basta ligarmos a televisão em qualquer canal às dez da noite, ir passear a um centro comercial ao fim de semana ou ainda observar as longas filas de trânsito ao fim da tarde.
Só quem gosta de ser constantemente colocado à prova, e não se importa de perder a face de vez em quando é que pode aprender matemática. Mas ninguém gosta de ser posto à prova. Nem por si, nem pelos outros. E muito menos de perder a face. Isto piora com a idade.
Tal como pintar, cantar ou desenhar, a matemática não é para as massas. Não se deve (tentar) ensinar matemática às massas. Qualquer tentativa de ensinar matemática às massas está condenada ao fracasso, ou então deixa de ser matemática. Aliás, nem sequer é útil fazê-lo.
A matemática é algo de delicado e fino. Imagine-se que agora se tentava ensinar todos os alunos do ensino básico a tocar violino. Já daqui imagino, nas escolas, a cacofonia e o barulho horrendo por esses corredores fora. É o que se passa hoje com a matemática, só que o drama é mais discreto porque matemática não faz barulho.
Ou se calhar até faz. Pelo menos toda a gente acha que tem uma palavra a dizer. E toda a gente a dizer uma palavra faz muito barulho, torna-se irrritante. Eu por mim quando ouço falar de « matemática » na televisão tendo a mudar de canal.
1 comentário:
Também eu mudo por vezes de canal quando se fala de matematica. A televisão não é um meio que facilite a discussão de questões tão subtis como as que estão em gosto quando se fala do ensino da matematica.
Acontece também que quem não tenho um domínio mínimo de alguma matemática (probabilidades, algebra, um pouco de análise) não está em condições de não se deixar levar por todos os malabarismos que se fazem todos os dias com números na politica. Nâo está em condições de defender os seus interesses porque não sabe como é que eles estão a ser ameaçados.
Se não se tentar que a matemática seja engraçada ou útil, muitos dos alunos vão acabar por aprender a gostar dela e vão beneficiar daquilo que aprenderam.
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